Autor: Paulo Campos
- 5,4,3,2,….1. Aqui vamos nós! O Mochileiro Corporativo parte para mais uma trilha nesse mundo empresarial arriscado e fascinante.
Ser convidado a escrever um blog sobre Liderança e Inovação na Você S/A foi um momento de felicidade, e, ao mesmo tempo, de desafio. Preciso criar uma nova disciplina na forma de observar, me comunicar, e principalmente me fazer entender. Assim como quando comecei a usar o Twitter, em novembro de 2009…é tudo uma questão de prática – a regra das 10.000 mil horas!
Como vou escrever regularmente, preciso de um norte, um tema macro que possa facilitar a busca da leitura pelos internautas e também a minha plataforma de aprendizado.
O processo de aprender, liderar, ensinar e desenvolver é um dos principais indicadores de sucesso e continuidade nas organizações. Como professor há 15 anos em cursos de pós-graduação e programas In Company, a Liderança tem na sua essência a função de inspirar e desenvolver seus liderados. Peter Drucker, considerado o pai da administração moderna, nos brinda com quatro ideias no prefácio do livro ‘Liderança para o Século XXI’ para conceituar o que é um LÍDER: Seguidores (voluntários), Resultado, Exemplo e Responsabilidade. Os comportamentos de aprender e ensinar fazem a engrenagem corporativa ganhar força e velocidade.
Nas salas de aula das faculdades onde leciono (ESPM, Insper, Sustentare, Estação Business School) e nos programas In Company do LabSSJ (onde sou consultor associado) identifico uma característica comum a alunos e líderes no que se refere ao processo de ensino e aprendizagem: a forma que ensinam é a forma que aprendem. Esse comportamento, muitas vezes, provoca um julgamento de que o outro, por ser diferente, é errado. E assim conflitos, perda de foco e gasto de energia tornam-se presentes no dia a dia das organizações. Essa diversidade está cada vez mais evidente com o surgimento da Geração Y nos postos de trabalho e a crescente sensação de que “o menos é mais”, ou seja, muita coisa para entregar com pouca gente e tempo para realizar!
A retenção de talentos em uma organização passa pelo líder direto, pelo desafio e pela remuneração. Não necessariamente nessa ordem, mas você precisa pelo menos de dois deles para manter esse talento na sua equipe. Ficar na empresa apenas porque o líder é um cara reconhecido, ou o desafio é maravilhoso ou o salário e o bônus são fantásticos tende a funcionar apenas no curto prazo. Reter os melhores exige um olhar flexível perante a diversidade.
Registre numa folha de papel a seguinte resposta a esse desafio: “Como você ensinaria um adulto a andar de bicicleta?” Saber como aprendemos nos permite flexibilizar a nossa forma de ensinar, garantir uma melhor compreensão da nossa mensagem e, principalmente, fazer com que as pessoas usem os seus pontos fortes com mais freqüência. Faça o teste de David Kolb www.slideshare.net/pvcampos10
Essa ponte entre aprender e ensinar também é feita pela pratica do feedback. Pedir feedback para os liderados é um ato de coragem e humildade para o líder, mas infelizmente a liderança se foca muitas vezes em “apenas corrigir falhas na busca incessante pela excelência” e esquece de usar o feedback para também reconhecer, elogiar e permitir um aumento da consciência do liderado em relação a sua performance ou comportamento. Você, como profissional, quer melhorar a sua liderança? Peça feedback!
E aqui vai uma Dicaduka: quando você pedir feedback sente-se de forma a ficar na mesma altura dos olhos da pessoa que vai falar e apenas escute. Não justifique. Se você interromper a fala dela, a pessoa deixará de ser espontânea.
Mochila nas costas e até a próxima trilha!
Fonte: http://vocesa.abril.com.br/blog/mochileiro-corporativo/2010/09/20/aprender-liderar-ensinar/
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