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sexta-feira, dezembro 11, 2009

Coloque o Bode na Mesa!

Autor: Luiz de Paiva

Você costuma colocar o bode na mesa? Ou prefere deixá-lo oculto, ignorá-lo, torcendo para que ele vá embora por conta própria.


O “bode” a que me refiro são problemas do dia a dia de uma empresa. Em minha experiência como gestor, percebo em reuniões e relatórios que nem sempre os problemas mais importantes são trazidos para a discussão. As razões podem ser diversas:

  • Preguiça de encarar um problema difícil.
  • Medo da reação do chefe.
  • Receio de expor um erro pessoal no trabalho.
  • Falta de análise da situação.

Este tipo de comportamento é bastante grave para empresas e projetos. Quando as questões mais críticas deixam de ser resolvidas, o impacto pode ser destrutivo para a estratégia, prazos e custos da empresa. O fato é que os problemas raramente somem sozinhos. Muito pelo contrário… quando não resolvidos com presteza, eles tendem a crescer e multiplicar seu poder de destruição de valor.

Trazer um problema à tona é obrigação e responsabilidade de qualquer bom profissional. O momento certo depende do público que receberá a informação. Em alguns casos, realmente deve-se esperar um pouco até ter informações suficientes para gerar uma discussão e tomada de decisão. Em outros, é crucial levantar o problema desde o primeiro instante para gerar um debate em busca da solução.

Os líderes das empresas podem criar um ambiente propício para evitar que os bodes de uma empresa fiquem ocultos. Acredito que isto pode ser feito em 3 frentes:

Recursos Humanos: o processo de contratação de funcionários de uma empresa deve ter avaliações que permitam traçar o perfil de um profissional em relação à identificação de problemas e proatividade na busca de soluções. Nos projetos em que trabalho, vejo tanto aqueles que querem discutir e resolver as situações difíceis, quanto aqueles que fogem de qualquer tema mais pesado como o diabo foge da cruz.

Cultura: é impossível criar uma cultura de identificação e solução de problemas quando o chefe é do tipo durão e estressado. Os funcionários devem se sentir confortáveis com levantar inclusive seus próprios erros para discussão, sem receio de receber uma punição por isso. Empresas nas quais existe liberdade para expor idéias e união entre os membros da equipe, terão soluções a seus problemas de forma mais rápida e eficiente, tendo isto como diferencial competitivo.

Treinamento: mesmo que o perfil da equipe seja o ideal conforme comentei anteriormente, e que exista uma cultura de abertura para tratar de temas difíceis, os colaboradores devem receber treinamento adequado em métodos de identificação e solução de problemas, tomada de decisão e comunicação. Boas intenções são um bom começo, mas os resultados serão realmente diferenciados quando houver técnicas produtivas envolvidas.

Portanto, revise seu trabalho e os “bodes” que estão escondidos em algum lugar, e traga-os para uma discussão aberta na empresa. No começo pode haver resistência, mas toda a empresa se beneficiará ao tirá-los do caminho.



Fonte: ogerente.com/

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