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terça-feira, julho 28, 2009

Líderança e amizade, combinam?

Essa pergunta paira sobre a cabeça de muitos líderes, até que ponto podemos ser amigos de nossos colaboradores, até onde pode ir a amizade que não seja confundida com liberdade?
O problema é que aos poucos perdemos a capacidade de delimitar a amizade da autoridade.
Na cultura participativa aquela em que os dirigentes acreditam que o ser humano é confiável e gosta de assumir responsabilidades, cultura esta apoiada pela Teoria Y de Douglas McGregor.
Esse pesquisador norte-americano Douglas McGregor criador de duas definições sobre o ser humano onde o homem pode ser partidário da lei do menor esforço e precisa ser controlado, a Teoria X, por outro lado temos o ser humano como um ser participativo e que gosta de assumir responsabilidades independentemente de estar sendo controlado ou vigiado, a Teoria Y.
Por muito tempo acreditou-se que a Teoria X seria a mais realista para descrever o ser humano como força de trabalho, esses argumentos foram largamente difundidos pelos criadores da administração cientifica.
O dirigente que adota essa crença, enxerga seus colaboradores de maneira depreciativa, comportam-se como Diógenes, o filósofo grego que saía às ruas com uma lanterna em punho durante a luz do dia, procurando um homem decente sem encontrá-lo o que poderia acontecer dentro de si mesmo.
O líder precisa saber mensurar e identificar o ponto de equilíbrio.
Temos medo de dar a mão e o colaborador querer o braço.
Precisamos desenvolver a habilidade de lidar com esse tipo de situação, se um colaborador extrapolar o campo da amizade e invadir a liberdade, o líder deve colocar o colaborador em seu devido lugar.
Exigir respeito não caracteriza arrogância, desde que se use de educação e não se coloque o colaborador em situação vexatória perante os seus.
Sempre lembrando que elogios devem ser feitos perante o grupo e puxões de orelha quando se estiver a sós com o colaborador.
Acontece que muitos líderes tem uma tremenda dificuldade de lidar com esse assunto.
E preferem se fechar em seu mundo, tratam os colaboradores somente como subordinados.
Esse comportamento interfere na produtividade e no relacionamento interpessoal.
O convívio em sociedade requer de alguns esforços mais acentuados e de outros menos, visto que existem pessoas que sabem muito bem distinguir uma amizade fora da empresa e sabem respeitar o chefe dentro do ambiente de trabalho.
Quando o colaborador se tornar seu amigo é bom que fique claro a ambos que amizade não pode se confundir com liberdade.
E o líder deve também saber dosar a amizade, não concedendo privilégio em relação aos outros funcionários.
Reuniões fora da empresa, de preferência na casa de um funcionário ou na casa do líder é salutar.
Lembrando que se alguém nessa relação começar a avançar na tênue linha que separa a amizade da liberdade, esse alguém deve sem delongas ser advertido de que sua atitude pode colocar até mesmo a amizade em jogo.
Precisamos desenvolver a capacidade de convívio, de relacionamentos mais afetivos, de compartilhar, de doar.
Temos medo de termos nossa privacidade invadida, medo de sermos incapazes de colocar limites.
Por esse motivo nos tornamos frios, egoístas, nos fechamos, assim agindo, perdemos nós, perde a sociedade, perde a empresa.
Vamos refletir em nossas atitudes, vamos achar o ponto de equilíbrio, para vivermos em sociedade precisamos do calor humano, de relacionamentos sinceros.
Devemos desenvolver cada vez mais o acreditar nas pessoas, delegar atividades, esse é um ato de autoconfiança, de auto-estima elevada.
Quando os que estão a nossa volta se realizam, crescem e são felizes, essas vibrações positivas nos atingem e consequentemente nós nos realizamos, é simplesmente uma reação em cadeia.
Nessa relação também cabe aos colaboradores a sua contribuição quanto às atitudes do seu superior.
Muitos não conseguem desenvolver um trabalho se não houver uma supervisão direta de um superior, não se sentem à vontade se seu líder não estiver por perto comandando, sentem mais seguros quando desenvolvem um trabalho e não precisam assumir responsabilidades.
Max Weber dizia que a tradição é um dos fundamentos mais importantes da autoridade, e que o hábito de mandar passa de pai para filho, geração após geração, assim posto como o hábito de obedecer.
Talvez o hábito de obedecer incondicionalmente venha desde os primórdios em que os súditos se submetiam as ordens dos senhores feudal, entre outras formas de subserviência que se desenvolveram ao longo da história.
Portanto não tenha medo, se entregue a uma amizade sincera, ouça as pessoas, dispense uma parcela do seu tempo para cultivar amigos, reforce seu network.
Ao encontrar pessoas diga um caloroso bom dia, sorria, seja cordial, conquiste amizades sinceras.

Fonte: http://bloglideranca.wordpress.com/

Autor: Adilson Spim

Graduado em Administração de Negócios pela Universidade de Sorocaba, pós graduado MBA em Produção e Logística, tenho mais de 17 anos de experiência em Logística, trabalhando hoje em uma empresa multinacional líder em seu segmento e detentora de índices elevados de acuracidade de estoque.

Professor na área de Administração.

Palestrante na área motivacional e estratégica, presto consultoria a empresas na área de logística.

Monitor voluntário no curso de Administração na disciplina de Gestão de Projetos na Universidade de Sorocaba.

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