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quinta-feira, novembro 28, 2013

Encantar é a regra: isso é amor, não só negócios

A história de um funil invertido e o amor que você precisa ter por seus clientes

Encantar quem já faz parte do clube é tão ou mais importante que conquistar novos públicos

Autor: Belle Cooper

Se, assim como eu, você tem se aventurado um pouco no mundo do marketing online, tenho certeza de que já ouviu o termo “funil de marketing” antes. Sendo honesta, isso não era algo que tinha algum apelo para mim. Sempre me pareceu apenas uma forma de otimizar o número de pessoas que estão lhe dando dinheiro, o que não me importa muito.

Então, quando eu me deparei com um texto do co-fundador do MailChimp, Ben Cestnut, sobre o quanto ele odeia funis, eu fiquei animada em perceber que o funil tradicional não é a única maneira bem sucedida para as companhias fazerem o marketing.

Na verdade, a companhia de Ben pegou o funil e o inverteu antes de utilizá-lo e isso parece estar funcionando bem.

O funil de cabeça para baixo, ou como amar seus clientes

Caso você não esteja familiarizado com a ideia do tradicional funil do marketing, ele funciona da seguinte maneira: você recebe muitos visitantes no seu site - eles estão no topo do funil. Enquanto eles chegam próximo a pagar algum dinheiro a você (a pequena parte inferior do funil), mais e mais visitantes saem do seu funil. Os seus clientes são os poucos que sobram na parte inferior.

Ben explica o processo de converter esses visitantes em clientes da seguinte forma:

“Alguns deles se tornam condutores e, depois que você faz algo (a recomendação usual é bombardear os condutores com automação de marketing), eles cedem e lhe pagam, assim se tornando 'clientes'”.

No MailChimp eles não estão contentes em empurrar os clientes através do funil dessa forma. Ao contrário, eles inverteram toda a ideia. O que eu adoro nessa abordagem é que é tudo sobre amar os clientes que você tem, em vez de caçar pessoas que você nem ao menos conhece. E Ben faz uma ótima observação que quando você está nos estágios iniciais do seu negócio pode funcionar muito bem:

“Quando você começa um negócio, você não precisa de um orçamento para marketing. Você não tem tempo ou o talento para isso, também. A única coisa que você tem é a sua paixão… Pegue essa paixão e mire para os seus clientes.”

Essa é a forma mais animadora de descrever o marketing que eu escutei ultimamente (ou desde sempre, provavelmente). E apesar de Ben admitir ser uma abordagem bastante estranha comparada com as normas do marketing, parece funcionar:

“Quanto mais eu olho, mais eu penso que é a forma mais normal, mais humana e mais sustentável de gerir o seu negócio.”

De fato, uma pesquisa realmente mostra que 70% das experiências de compras são baseadas em como o consumidor se sente que está sendo tratado. À luz disso, amar seus clientes faz total sentido.

Antes de vermos alguns ótimos exemplos de outras companhias que estão fazendo isso e formas para que você possa fazer também, vamos apenas refinar as ideias em alguns pontos:

1. Ame os seus clientes - vá além da norma
2. Foque nos clientes que você tem agora e os mantenha por perto
3. Deixe que os seus clientes já existentes espalhem a marca para você

Eu não diria que isso é fácil, porque encantar os seus clientes vai sempre exigir esforços, mas definitivamente parece mais divertido e menos repulsivo do que o modelo tradicional.

Exemplos poderosos de como colocar o funil de cabeça para baixo

Há algumas companhias que já estão trabalhando com o funil invertido e surpreendendo seus clientes que já existem. Aqui vão apenas três lições que podemos aprender com os exemplos.

1. Faça com que o seu cliente se sinta parte do clube

Um dos exemplos da MailChimp que Ben fala em seu texto é sobre a forma como eles usam a publicidade tradicional - anúncios em rádios e outdoors - para atingir os clientes que eles já têm. Ao colocar outdoors que mostram apenas o logo da MailChimp, eles não estão tentando atingir ninguém que já não saiba com o que o logo está relacionado, ou o que a MailChimp faz. Em vez disso, eles estão dando aos usuários aquele ótimo sentimento de fazerem parte de uma piada que outras pessoas não entendem. Todos nós amamos uma piada interna, e no caso do marketing, é uma ótima maneira de adicionar algum humor e personalidade à sua marca.

Implementar um status especial VIP para os clientes também tem esse efeito. Um estudo feito por pesquisadores de Stanford e Havard aponta que, na verdade, nós vivemos para os rótulos que nos dão. Quando os pesquisadores rotularam metade dos participantes como “politicamente ativos” e não deram nenhum rótulo para a outra metade, aqueles com rótulos estavam mais dispostos a votar.

Resumindo: Faça seus clientes se sentirem parte de alguma coisa. Não apenas uma vez, mas repetidamente - isso é o que o MailChimp faz por seus usuários, todas as vezes que eles ouvem um anúncio no rádio ou veem um cartaz que é apenas para eles.

2. Faça o fornecimento maior, sem taxas, para clientes que já existem, sua prioridade

Essa parte de amar os seus clientes faz sentido para mim, já que se relaciona com o que eu faço todos os dias. Conteúdo de marketing é um bom exemplo de prover valor para os clientes que já existem, além dos produtos e serviços que eles compram de você.

Na verdade, a parte legal sobre compartilhar conteúdo como nós fazemos no Buffer é que nós podemos compartilhar isso com pessoas que vão além dos nossos usuários existentes. Mesmo que muitos de nossos leitores nunca se cadastre no site ou nunca migre para um plano pago, compartilhar nosso conteúdo ajuda a nos conectar com muito mais pessoas do que o marketing tradicional faria. E, na verdade, através das redes sociais e do nosso blog, nós podemos, de fato, nos conectar com vocês - não é um canal de mão única, como a maioria no marketing tradicional.

Eu amo a citação de Ben sobre como nós devemos tratar clientes que querem desfrutar do nosso conteúdo:

“Dê poderes a eles. Quando eu digo `dê poderes a eles' eu quero dizer para você dar poderes aos clientes sem nada exigir. Porque quando as companhias fazem as pessoas se cadastrarem ou assinarem algo para terem direito ao download de seus conteúdos, nós todos sabemos que eles estão prestes a nos guiar para o moedor de carne da automação.”

Nós todos conhecemos essa sensação, certo? Nós relutantemente entregamos nosso e-mail, então cautelosamente verificamos nossa caixa de entrada para encontrar os três novos e-mails dos últimos cinco minutos, apenas porque queremos muito o conteúdo. E, normalmente, nós nem gostamos do conteúdo ainda. Se é um eBook ou um arquivo PDF que nós queremos baixar, não podemos nem mesmo conferir primeiro para ver se vale a pena dar o nosso e-mail por ele. Não é uma boa experiência para o cliente, é?

Mas, como profissionais de marketing, nós sabemos o quão valiosos esses endereços de e-mail são. Então, o que podemos fazer? Wistia tem uma ótima política para pedir endereços de e-mail, quando as pessoas assistem aos seus vídeos, que nós podemos tirar algumas lições:

“No Wistia Learning Center, nós usamos formulários de e-mail no fim de cada vídeo. Esses formulários geram novos assinantes para nós, mas tão importante quanto, eles fazem sentido para a pessoa. É improvável que alguém esteja procurando um jeito de se inscrever antes de visualizar o conteúdo, mas, no fim das contas, o formulário faz sentido contextualmente.”

Eu amo essa última frase. Faz sentido, não é? Ninguém quer se inscrever em algo sem ter testado antes. Nós queremos ver e avaliar antes. A equipe da Wistia até admite que isso pode prejudicar seus números, mas vale a pena por fazer seus clientes sentirem que foram bem tratados.

“Essa abordagem pode nos custar em temos de número de inscritos, mas se torna uma forma melhor de estabelecermos confiança com o tempo.”

E, depois de tudo, se as pessoas estão entregando seus endereços de e-mail quando elas na verdade não querem, vão ser apenas estatísticas de vaidade, certo? Que perda do nosso tempo. É melhor gastar nosso tempo surpreendendo os clientes que já existem com mais e mais ótimos valores e construindo confiança com eles ao longo do tempo.

Resumindo: Dê aos seus clientes mais do que aquilo por que eles pagam, mesmo que eles não tenham pago por nada ainda. Surpreenda-os entregando mais com o passar do tempo. E não peça nada em troca. Se você é realmente generoso com seus clientes, eles irão retornar o favor sem a necessidade de que você peça por isso.

3. Faça seus clientes se sentirem importantes

Fazer partes de clubes é um ótimo sentimento. Todos nós gostamos de pertencer a alguma coisa. Mas, ser uma importante parte do clube é muito melhor. É por isso que nós vemos clientes vestindo camisas de marca ou se gabando sobre quem eles conhecem em uma companhia X. Se nossa companhia é um tipo de clube legal em que todos querem estar, vai ser ainda melhor ser mais do que “apenas um membro”.

Uma ótima forma de fazer isso é destacar as conquistas dos seus clientes ou histórias de sucesso usando seus produtos. A IdeaPaint mostra exemplos de clientes usando seus produtos em sua página do Facebook. Outro exemplo dessa estratégia é a empresa de planejamento de tarefas Todoist, que mostra histórias de sucesso dos usuários com seus produtos no blog da companhia.

Nós recentemente compartilhamos algumas histórias fabulosas de serviço ao consumidor no blog do Buffer, as quais incluem ótimos exemplos de empresas que fazem seus clientes se sentirem importantes. Uma delas foi a história de Lily, uma garota de 3 anos, que apontou que o nome “pão tigre” da Sainsbury não fazia sentido, já que o pão parecia mais com o padrão de manchas de uma girafa. Depois da mudança no nome, graças à sugestão de Lily, as lojas Sainsbury colocaram avisos creditando a mudança a Lily.

Resumindo: Faça os seus clientes se sentirem importantes ao mostrar o sucesso deles e recompensar seus esforços. Reconheça a participação deles e então eles ficarão mais propensos a se importar em ver o seu sucesso.

Há tantas maneiras diferentes de amar os seus clientes que já existem. Quais outros ótimos exemplos você já viu?

Fonte: http://www.administradores.com.br/artigos/marketing/a-historia-de-um-funil-invertido-e-o-amor-que-voce-precisa-ter-por-seus-clientes/74247/

quarta-feira, novembro 27, 2013

Atitudes que drenam energia

Autora: Vera Caballero
Professora de Yoga, numeróloga, terapeuta floral, reiki master, massoterapeuta, ministra cursos e palestras sobre Bioenergias

1 – Pensamentos obsessivos

Pensar gasta energia, e todos nós sabemos disso. Ficar remoendo um problema cansa mais do que um dia inteiro de trabalho físico. Quem não tem domínio sobre seus pensamentos – mal comum ao homem ocidental, torna-se escravo da mente e acaba gastando a energia que poderia ser convertida em atitudes concretas, além de alimentar ainda mais os conflitos. Não basta estar atento ao volume de pensamentos, é preciso prestar atenção à qualidade deles. Pensamentos positivos, éticos e elevados podem recarregar as energias, enquanto o pessimismo consome energia e atrai mais negatividade para nossas vidas.

2 – Sentimentos tóxicos

Choques emocionais e raiva intensa também esgotam as energias, assim como ressentimentos e mágoas nutridos durante anos seguidos. Não é à toa que muitas pessoas ficam estagnadas e não são prósperas. Isso acontece quando a energia que alimenta o prazer, o sucesso e a felicidade é gasta na manutenção de sentimentos negativos. Medo e culpa também gastam energia, e a ansiedade descompassa a vida. Por outro lado, os sentimentos positivos, como a amizade, o amor, a confiança, o desprendimento, a solidariedade, a auto-estima, a alegria e o bom-humor recarregam as energia e dão força para empreender nossos projetos e superar os obstáculos.

3 – Maus hábitos – Falta de cuidado com o corpo

Descanso, boa alimentação, hábitos saudáveis, exercícios físicos e o lazer são sempre colocados em segundo plano. A rotina corrida e a competitividade fazem com que haja negligência em relação a aspectos básicos para a manutenção da saúde energética.

4 – Fugir do presente

As energias são colocadas onde a atenção é focada. O homem tem a tendência de achar que no passado as coisas eram mais fáceis: “bons tempos aqueles!”, costumam dizer. Tanto os saudosistas, que se apegam às lembranças do passado, quanto aqueles que não conseguem esquecer os traumas, colocam suas energias no passado. Por outro lado, os sonhadores ou as pessoas que vivem esperando pelo futuro, depositando nele sua felicidade e realização, deixam pouca ou nenhuma energia no presente. E é apenas no presente que podemos construir nossas vidas.

5 – Falta de perdão

Perdoar significa soltar ressentimentos, mágoas e culpas. Libertar o que aconteceu e olhar para frente. Quanto mais perdoamos, menos bagagem interior carregamos, gastando menos energia ao alimentar as feridas do passado. Mais do que uma regra religiosa, o perdão é uma atitude inteligente daquele que busca viver bem e quer seus caminhos livres, abertos para a felicidade. Quem não sabe perdoar os outros e si mesmo, fica ”energeticamente obeso”, carregando fardos passados.

6 – Mentira pessoal

Todos mentem ao longo da vida, mas para sustentar as mentiras muita energia é gasta. Somos educados para desempenhar papéis e não para sermos nós mesmos: a mocinha boazinha, o machão, a vítima, a mãe extremosa, o corajoso, o pai enérgico, o mártir e o intelectual. Quando somos nós mesmos, a vida flui e tudo acontece com pouquíssimo esforço.

7 – Viver a vida do outro

Ninguém vive só e, por meio dos relacionamentos interpessoais, evoluímos e nos realizamos, mas é preciso ter noção de limites e saber amadurecer também nossa individualidade. Esse equilíbrio nos resguarda energeticamente e nos recarrega. Quem cuida da vida do outro, sofrendo seus problemas e interferindo mais do que é recomendável, acaba não tendo energia para construir sua própria vida. O único prêmio, nesse caso, é a frustração.

8 – Bagunça e projetos inacabados

A bagunça afeta muito as pessoas, causando confusão mental e emocional. Um truque legal quando a vida anda confusa é arrumar a casa, os armários, gavetas, a bolsa e os documentos, além de fazer uma faxina no que está sujo. À medida em que ordenamos e limpamos os objetos, também colocamos em ordem nossa mente e coração. Pode não resolver o problema, mas dá alívio. Não terminar as tarefas é outro “escape” de energia. Todas as vezes que você vê, por exemplo, aquele trabalho que não concluiu, ele lhe “diz” inconscientemente: “você não me terminou! Você não me terminou!” Isso gasta uma energia tremenda. Ou você a termina ou livre-se dela e assuma que não vai concluir o trabalho. O importante é tomar uma atitude. O desenvolvimento do auto-conhecimento, da disciplina e da terminação farão com que você não invista em projetos que não serão concluídos e que apenas consumirão seu tempo e energia.

9 – Afastamento da natureza

A natureza, nossa maior fonte de alimento energético, também nos limpa das energias estáticas e desarmoniosas. O homem moderno, que habita e trabalha em locais muitas vezes doentios e desequilibrados, vê-se privado dessa fonte maravilhosa de energia. A competitividade, o individualismo e o estresse das grandes cidades agravam esse quadro e favorecem o vampirismo energético, onde todos sugam e são sugados em suas energias vitais.

10. Preguiça, negligência

E falta de objetivos na vida. Esse ítem não requer muitas explicações: negligência com a sua vida denota também negligência com seus dons e potenciais e, principalmente, com sua energia vital. Aquilo do que você não cuida, alguém vem e leva embora. O resultado: mais preguiça, moleza, sono….

11. Fanatismo

Passa um ventinho: “Ai meu Deus!!!! Tem energia ruim aqui!!!” Alguém olha para você: “Oh! Céus, ela está morrendo de inveja de mim!!!” Enfim, tudo é espírito ruim, tudo é energia do mal, tudo é coisa do outro mundo. Essas pessoas fanáticas e sugestionáveis também adoram seguir “mestres e gurus” e depositar neles a responsabilidade por seu destino e felicidade. É fácil, fácil manipular gente assim e não só em termos de energia, mas também em relação à conta bancária!

12. Falta de aceitação

Pessoas revoltadas com a vida e consigo mesmas, que não aceitam suas vidas como elas são, que rejeitam e fazem pouco caso daquilo que têm. Esses indivíduos vivem em constante conflito e fora do seu eixo. E, por não valorizarem e não tomarem posse dos seus tesouros – porque todos nós temos dádivas – são facilmente ‘roubáveis’.

O importante é aprender a aceitar e agradecer tudo o que temos (não confundir com acomodação). Quando você agradece e aceita fica em estado vibracional tão positivo que a intuição e a criatividade são despertadas. Surgem, então, as possibilidades de transformar a vida para melhor!


Fonte: http://sobmalhete.com/2013/06/21/atitudes-que-drenam-energia/

terça-feira, novembro 26, 2013

Mudança e tolerância

Autor: Tom Coelho
"Nada é permanente, exceto a mudança."
(Heráclito de Éfeso)


As pessoas não resistem às mudanças, resistem a ser mudadas. É um mecanismo legítimo e natural de defesa. Insistimos em tentar impor mudanças, quando o que precisamos é cultivar mudanças. Porém, mudar e mudar para melhor são coisas diferentes.
 
O dinheiro, por exemplo, muda as pessoas com a mesma frequência com que muda de mãos. Mas, na verdade, ele não muda o homem: apenas o desmascara. Esta é uma das mais importantes constatações já realizadas, pois auxilia-nos a identificar quem nos cerca: se um amigo, um colega ou um adversário. Esta observação costuma dar-se tardiamente, quando danos foram causados, frustrações foram contabilizadas, amizades foram combalidas. Mas antes tarde, do que mais tarde.  
 
Os homens são sempre sinceros. Mudam de sinceridade, nada mais. Somos o que fazemos e o que fazemos para mudar o que somos. Nos dias em que fazemos, existimos de fato; nos outros, apenas duramos.
 
Segundo William James, a maior descoberta da humanidade é que qualquer pessoa pode mudar de vida, mudando de atitude. Talvez por isso a famosa “Prece da serenidade” seja tão dogmática: mudar as coisas que podem ser mudadas, aceitar as que não podem, e ter a sabedoria para reconhecer a diferença entre as duas.


Tolerância
 
Cada vida são muitos dias, dias após dias. Caminhamos pela vida cruzando com ladrões, fantasmas, gigantes, velhos e moços, mestres e aprendizes. Mas sempre encontrando a nós mesmos.  Na medida em que os anos passam tenho aprendido a me tornar um pouco pluma: ofereço menos resistência aos sacrifícios que a vida impõe e suporto melhor as dificuldades. Aprendi a descansar em lugares tranquilos e a deixar para trás as coisas que não preciso carregar, como ressentimentos, mágoas e decepções. Aprendi a valorizar não o olhar, mas a coisa olhada; não o pensar, mas o sentir. Aprendi que as pessoas, em regra, não estão contra mim, mas a favor delas.  
 
Por isso, deixei de nutrir expectativas de qualquer ordem a respeito das pessoas e me surpreender com atitudes insensatas. Seria desejável que todos agissem com bom senso, vendo as coisas como são e fazendo-as como deveriam ser feitas. Mas no mundo real, o bom senso é a única coisa bem distribuída: todos garantem possuir o suficiente...
 
Somos responsáveis por aquilo que fazemos, o que não fazemos e o que impedimos de fazer. Pouco aprendemos com nossa experiência; muito aprendemos refletindo sobre nossa experiência. Temos nossas fraquezas e necessidades, impostas ou autoimpostas. “Conheço muitos que não puderam quando deviam, porque não quiseram quando podiam”, disse François Rabelais.
 
Por tudo isso, é preciso tolerância. É preciso também flexibilidade. Mas é preciso policiar-se. Num mundo dinâmico, é plausível rever valores, adequar comportamentos, ajustar atitudes. Mantendo-se a integridade.
 
 
PS: O texto utiliza frases de Albert Camus, Descartes, James Joyce, Melody Arnett, Padre Antônio Vieira, Peter Senge, Robert Sinclair e Tristan Bernard.


Fonte: http://www.tomcoelho.com/index.aspx/s/Artigos_Exibir/172/Mudanca_e_tolerancia

sexta-feira, novembro 22, 2013

Como estar sempre pronto

Autor: Frederico Mattos

Sabe quando a data da prova do concurso é anunciada? Uma pessoa especial surge na sua vida? O chefe pede uma apresentação super importante do dia para a noite? Qualquer uma dessas coisas pode nos pegar de surpresa. Mas como estar pronto?

Como bons brasileiros, temos certo orgulho de afirmar que na hora do aperto tiramos de letra e tudo sai melhor do que uma tarefa com prazo longo. Essa fórmula só dá certo para aquelas pessoas que sem o saber já estavam treinando silenciosamente as habilidades requisitadas.

Nunca entendi porque meu professor de Muay Thai me pedia para desferir o mesmo golpe inúmeras vezes contra um saco de areia sem graça. Quando questionei a explicação, aquilo me tirou do tédio de bater com aquela sensação de falta de propósito:

“Numa luta, se você parar para pensar em como dá um soco ou chute primário já estará no chão. Aprender o básico é pré-requisito para que os golpes mais complexos surjam sem esforço.”

Do mesmo modo, esse preparo pessoal é responsável por treinar funcionalidades psicológicas que serão requeridas na hora H.

O sexo, por exemplo, pode parecer tão natural que nem notamos a variedade de funcionalidades prévias demandadas quando a garota está fervendo em sua frente.

A capacidade de estar relaxado para que tudo fique ereto, o corpo condicionado para ofegar à vontade, a mente curiosa para descobrir cada curva com preciosidade, a generosidade para considerar a parceira como uma pessoa com vontades próprias.

Não é raro a má performance ser resultado de uma pessoa de mentalidade frágil e despreparada. O sujeito superestimou a si mesmo e pensou: “é só uma transa, basta lavar o corpo e passar desodorante”.

Tudo errado.

Da mesma forma, uma apresentação de PowerPoint não fará nenhuma mágica no seu lugar. Seu blablabla desengajado, sem brilho no olho ou sentido na vida convencerá apenas os desavisados. Não é raro muitos terem um sentimento inconfessável de embuste.

Um casamento cúmplice, uma carreira bem sucedida e uma vida satisfatória não são resultado do acaso.

A maior parte das pessoas treina ao avesso. A reclamação incessante afia a limitação, a tarefa habitual feita sem esmero reativa o desanimo de quem só age sob holofotes. Não podemos desconsiderar o efeito do mau humor nutrido com regularidade. Na hora de manifestar alegria ou entusiasmo não haverá lastro pessoal para ser evocado.

Penso que existem 4 bases fundamentais para responder prontamente a qualquer tipo de tarefa que sejamos convocados.

1. Criatividade

A capacidade de construir novas realidades é subestimada em tempos em que o marketing monopolizou o sentido da criatividade.

Penso na criatividade como uma não-reatividade frente aos estímulos e uma capacidade de tecer sentidos novos à medida em que as interações humanas acontecem. A pessoa incapaz de mudar uma visão pessoal ou de se desapegar de si mesma treina muito pouco essa qualidade.

É curioso notar o desespero de alguns quando participam de processos seletivos e se paralisam quando são chamados a inventarem alguma coisa.

Elas estão desabituadas a ter curiosidade ou brincar pouco de fazer associações com temas, imagens e sons aparentemente desconexos.

2. Compaixão

Não consigo imaginar nenhuma situação a qual alguém seja convocado que exclua a habilidade de se colocar ombro a ombro com a realidade de alguém.

Todo tipo de problema ou tarefa que você seja demandado fatalmente necessitará da capacidade de se colocar junto da dor de alguém para encontrar um caminho de alívio e solução.

No momento da morte de um ente querido já vi pessoas ficarem imobilizadas. Resultado do hábito de pensarem exclusivamente em si o tempo todo. O destreino em apoiar, emitir conforto ou simplesmente olhar com serenidade e sem pressa é fatal em casos extremos.

3. Sabedoria

Desenvolver bases pessoais estáveis e critérios claros para tomar decisões é matéria desconhecida para muitos.

O tipo de volubilidade a que são compelidos cotidianamente os deixa cegos para se posicionar diante de impasses complexos. Quando o tema foge do futebol, cerveja e mulheres raros são aqueles que se articularam internamente em algum tipo de legislação interna razoável para diferenciar questões éticas e até práticas.

Quando são evocados percebem o abismo moral por onde caminham e apelam para a crítica rasa e preconceituosa ou filosofia de boteco.

Tudo para tirar de sua frente o espelho que revela a invisibilidade moral autoimposta.

4. Relaxamento

Mesmo com todos os recursos ativos do coração e da mente, se uma pessoa não for capaz de repousar sobre si mesma e segurar seus ímpetos corriqueiros, fatalmente será impelida a cair no mesmo buraco pela décima vez.

Saber respirar, retirar-se dos próprios interesses, contemporizar urgências e aplacar ansiedades controladoras são virtudes ignoradas.

Aquele que passa à frente, se mete em todas as discussões, palpita impensadamente ou que fala sem parar, provavelmente acha que relaxar é atributo dos fracassados.

Treinar o relaxamento começa no momento de acordar, mastigar os alimentos e até diminuir a checagem constante de aplicativos em celulares.

Se você puder preparar sua personalidade com essas ferramentas básicas, outras complementares serão habilitadas naturalmente.

Quando a vida cutucar e pressionar até o limite, você não terá que tirar um coelho da cartola. Tudo aquilo que treinou sem pressão e com riso no rosto garantirá que atravesse qualquer crise de cabeça erguida, serena, ativa e bem acompanhado de pessoas queridas.

Por isso, treine antes de precisar.


Fonte: http://papodehomem.com.br/como-estar-sempre-pronto/

segunda-feira, novembro 11, 2013

Como obter um desempenho extraordinário

Autor: Endeavor Brasil

Ninguém cresce sozinho. Encontrar e desenvolver pessoas capazes de fazer sua visão se tornar realidade é um dos fatores críticos para o sucesso de qualquer empreendedor. E, quanto mais cedo ele entender que, formados dentro de casa ou recrutados no mercado, a responsabilidade pelo desenvolvimento contínuo das pessoas é dele, melhor.

Desenvolver as pessoas que, depois, vão liderar o desenvolvimento de outras pessoas, à medida que a empresa cresça, é provavelmente o melhor investimento de tempo que o empreendedor pode fazer. É um investimento que se paga em resultados, em inovação e motivação.

Naturalmente, uma parte importante do aprendizado organizacional acontece fora das fronteiras da empresa, no mercado, na escola. Mas isso não gera alto desempenho. Gera no máximo acúmulo de potencial. Alto desempenho é gerado por meio de quatro ferramentas:

1. Contratos. Tudo em uma empresa é baseado em contratos, em diferentes dimensões. Missão, visão, valores, metas coletivas e individuais, projetos, processos... Todos são diferentes formas de contratos. Quanto mais específicos e mais sincronizados entre si os contratos forem, mais rápido as pessoas se desenvolverão. E mais focadas trabalharão.

2. Feedback. Quando aspectos relevantes do contratado não estão sendo entregues, é hora de reorientação. Esta tem como principal objetivo gerar aprendizagem. E resgatar o foco.

3. Reconhecimento. Quando que o desempenho está dentro ou acima do contratado, isto deve ser afirmado de forma explícita. Para aumentar a vontade de aprender. E reforçar o esforço.

4. Desafios. Quando existe espaço óbvio para desempenho acima do inicialmente contratado, o contrato pode e deve ser expandido. Isso acelera a aprendizagem. E surpreende o mercado.

Essas quatro ferramentas, quando bem calibradas, norteiam o desempenho das pessoas. E, o que é mais importante, tornam as pessoas proprietárias e protagonistas do seu próprio resultado, uma vez que elas sabem especificamente onde tem de agir para se desenvolver.

Esta calibragem é difícil de fazer. Mas, no seu ponto ideal, ela maximiza o foco das pessoas na entrega do resultado, o aprendizado e a motivação das pessoas em entregar e aprender.

Além disso, descobertas recentes da psicologia provam que as pessoas se sentem motivadas ao máximo a partir da combinação positiva de três vetores:

Autonomia. Quando percebem que têm espaço para contribuir ao máximo e se arriscar pela empresa. Traz como retorno responsabilidade e “cabeça de dono”.

Maestria. Quando percebem que têm espaço para desenvolver suas competências sem limites, até o ponto em que um músico ou um atleta profissional o fariam. Traz como retorno níveis inéditos de produtividade e inovação.

Propósito. Quando percebem que existe sinergia em alinhar seus interesses aos da empresa. Gera como retorno satisfação, lealdade e garra.

Quando o líder acerta a mão e usa as ferramentas para amplificar os graus de motivação e alinhamento com seus liderados, cada movimento seu o leva mais perto do alvo. Cada volta eleva a velocidade. Cada vitória aumenta o prazer de pertencer a uma grande equipe.

E, quando, além disso, ele consegue tornar seus liderados conscientes do valor deste processo e capazes de reproduzi-lo com o andar de baixo, aí então o céu é o limite.

Texto sugerido pelo amigo: Gilles B. de Paula

Fonte: http://www.boletimdoempreendedor.com.br/boletim.aspx?codBoletim=995&area=Gest%C3%A3o%20empresarial

A alma é o segredo da produtividade: A quinta era – A era da Sabedoria

Autor: Dr. Luiz Roberto Fava - Fava Consulting – Para viver com muito mais Qualidade

Quando analisamos a evolução do Homem, do trabalho e da vida em sociedade, percebemos que já passamos por quatro períodos: caça/coleta, era agrícola, era industrial e era do conhecimento/informação.

Muito aconteceu desde que o Homem saiu das cavernas (caça/coleta), aprendeu a plantar (era agrícola), saiu do campo, veio para a cidade e aprendeu a produzir (era industrial) e, frente a um desenvolvimento crescente, chegou aos dias de hoje (era do conhecimento/informação) onde o uso de tecnologias é sua marca registrada.

Para Maria Bernardete Pupo, a era atual “propiciou alavancar o desenvolvimento do potencial humano, do crescimento das organizações, da melhoria da qualidade de vida e do crescimento da humanidade como um todo.”

Entretanto isto gerou aspectos negativos. Como as mudanças tecnológicas exigem transformações pessoais (também rápidas e constantes) no seu saber e no seu comportamento, isto as tem deixadas cada vez mais estressadas, angustiadas e ansiosas pois tem que estar preparadas para viver em um mundo onde, o que existe hoje, certamente será substituído amanhã.

Talvez isto explique porque tantas pessoas frequentam, cada vez mais, processos de coaching, e consultórios de psicólogos e psiquiatras com a finalidade de pedir ajuda para tentar entender o que se passa com eles e como fazer para sobreviver neste cenário de constantes mudanças e transformações.

Frente a um mundo que pode ser caracterizado por palavras como complexidade, competitividade, volubilidade, interdependência, velocidade, instabilidade, incerteza, variedade, concorrência, mutabilidade e onde a palavra PRODUTIVIDADE é a que encabeça a lista de prioridades, fica a pergunta: como encarar tantas mudanças e transformações sem perder a noção de que cada um de nós é um Ser Humano Integral?

É neste contexto que gosta de lembrar as palavras de Peter Drucker em seu texto Managing knowledge means managing oneself (2000): “em alguns séculos, quando a História for escrita com uma perspectiva de longo prazo, é provável que o fato mais importante que os historiadores destaquem não seja a tecnologia, nem a internet, nem o comércio eletrônico. Será uma mudança sem precedentes da condição humana. Pela primeira vez, literalmente, um número substancial e crescente de pessoas tem escolhas. Pela primeira vez elas se gerenciam a si mesmas. E a sociedade está totalmente despreparada para isso.”

Pois é neste contexto de turbilhões e conflitos que se delineia a quinta era: a era da Sabedoria.

Faça a si mesmo (a), neste momento, uma série de perguntas a respeito do seu estilo de vida, se você é feliz ou não na atividade onde trabalha, como anda sua vida financeira, se você tem tempo suficiente para tudo que você precisa fazer, etc. Tenho a certeza, quase absoluta, que em alguma área (daquelas oito que sempre cito) podem existir problemas e desequilíbrios.

Não se impressione. Não nascemos prontos e a Vida é a oportunidade que temos para aprender mais, realizar mais e ter mais prazer em vive-la.

A era da Sabedoria será pautada pelo despertar de uma nova consciência, tanto pelas circunstâncias que o mundo atual exerce sobre as pessoas, quanto pela necessidade que cada Ser Humano terá que mudar para se adaptar aos novos tempos.

E o passo número um para o surgimento desta nova consciência é o autoconhecimento, ao qual já me referi em outro texto desta série.

Será nesta era que cada Ser Humano Integral se revelará como um indivíduo, indivisível, único e não mais como uma “pessoa”, palavra que vem do latim “persona” e que significa máscara.

Com esta consciência em mente, este “novo” Ser perceberá que corpo, mente e espírito mantem uma relação integral e permanente e que o equilíbrio entre eles (as oito áreas) fará com que tenha muito mais controle sobre si mesmo, seu sentir, seu pensar e seu agir. Será ele que se irá se autogerenciar e perceber que o rumo que ele der à sua Vida será de sua inteira e única responsabilidade.

Com isto, é de se presumir, que o Ser Humano da era da Sabedoria apresentará algumas características, tais como:

  • transformará a cultura do TER (materialismo, status) em cultura do SER (autoconhecimento);
  • será mais completo e aberto, pois substituirá sua zona de conforto em zona de DESconforto;
  • será mais paciente e menos impulsivo, pois reconhecerá que cada Ser Humano é único em suas características;
  • será mais participativo e menos omisso (egoísta), pois perceberá o poder da colaboração no crescimento e desenvolvimento deste novo Ser;
  • será mais humilde (“quanto mais eu sei, mais eu sei que nada sei”, como afirmava Sócrates) e menos “dono da verdade” (arrogante), pois saberá que a verdade de hoje será aula de História amanhã;
  • nos relacionamentos as palavras dominantes deste novo Ser serão: confiança, respeito, ética, perdão e transparência;
  • com o uso constante e inovador de novas tecnologias, aprenderá a viver COM máquinas e não COMO máquinas; e,
  • saberá usar com sabedoria todas as suas energias, as quais também já me referi em texto anterior.

Como mudanças levam tempo para serem assimiladas e postas em prática, é possível que esta Nova Consciência ainda demore um pouco para ser vivenciada. Mas, certamente, as pessoas serão melhores em todas aquelas áreas.

Desenvolver o autoconhecimento, estar aberto para o novo, saber que cada dia é diferente do outro e que, também, a cada dia, não somos mais os mesmos, são motivos consistentes para que iniciemos o caminho de ampliar nossa consciência a respeito de nós mesmos.

Com relação ao trabalho, este novo Ser buscará sempre desenvolver novas habilidades, ser feliz com aquilo que faz e ter consciência que, nesta nova era, valerá muito mais o “coração-de-obra” e não mais a “mão-de-obra” (característica da era industrial) ou o “cérebro-de-obra (característica da era do conhecimento/informação) e onde o PENSAR e o AGIR serão sempre precedidos pelo SENTIR.

E neste contexto, de felicidade e produtividade naquilo que fazem, não serão mais as pessoas certas, na hora certa e no lugar certo, mas serão, como afirma Wong, as pessoas certas, no lugar certo, na hora certa mas COM A RAZÃO CERTA.

Em resumo, toda esta revolução tem um único lugar para começar: dentro de você mesmo (a).


Fonte: http://favaconsulting.com.br/alma-produtividade-sabedoria/