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terça-feira, outubro 29, 2013

A alma é o segredo da produtividade: Energias

Autor: Dr. Luiz Roberto Fava

Nesta sequência de artigos sobre alma e produtividade, vou tentar demonstrar como o intangível se torna tangível. Como tudo aquilo que está dentro de nós (pensamentos, sentimentos, vontade, etc.) e que não se mede, apenas se avalia, acaba se traduzindo, através de nossa atividade laboral, em resultados e lucro (produtividade).

O lucro e os resultados alcançados nada mais são do que a consequência lógica de COMO trabalhamos, COM O QUE trabalhamos, PORQUE trabalhamos, COM QUEM trabalhamos e ONDE trabalhamos.

Talvez, caro leitor ou leitora, você nunca tenha pensado ou percebido que todo o seu trabalho, independentemente de qual seja, é fruto do seu sentir (alma), do seu pensar (mente) e do seu agir (corpo).

Entretanto, a grande maioria das pessoas, ao realizar sua atividade, fica apenas no pensar e no agir.

Tais pessoas são aquelas que, para trabalhar, ligam o “piloto automático” e seguem fazendo as mesmas coisas, todos os dias, e se queixando que sua atividade é monótona, rotineira, que sua carreira não decola e que sua infelicidade no trabalho é muito grande.

São aquelas pessoas que trabalham de tal modo que sua energia se esvai nas primeiras horas da atividade e que passam o resto do expediente “matando o tempo”, deixando para amanhã ou simplesmente fazendo algo que não tem nada a ver com o que lhe diz respeito, apenas esperando o horário de saída chegar. Elas acabam seu dia cansadas e desanimadas e reclamando que o dia de amanhã será igual e sem perspectivas.

A falta de energia do sentir, traduzida por garra, gana, tesão, entusiasmo, tenacidade deixa a mente das pessoas limitadas, pequenas e fechadas.

Aliás, energia é o tema que quero compartilhar neste texto.

A palavra energia vem do grego energeia que significa eficácia, tendo como outros significados vigor, força, firmeza e determinação.

Energia é algo que não tem definição, embora se saiba que é ela que possibilita a execução de algum tipo de trabalho, seja ele físico ou mental.

Do ponto de vista da Física, existem muitos tipos de energia: elétrica, mecânica, eólica, química, nuclear sendo que suas fontes podem ser a água, o vento, o petróleo, o sol, etc. A água fazendo girar uma turbina produz energia elétrica, por exemplo.

O que é importante ressaltar é que sem energia nenhum trabalho é produzido. Quando a energia é transferida para um objeto, algum tipo de trabalho é realizado. O trabalho nada mais é do que uma transferência de energia. Ex.: para movermos um corpo, necessitamos que alguma energia seja a ele transferida para a realização do movimento.

Para que nosso corpo realize todas as suas funções biológicas, é necessário, também, energia. E a principal fonte é aquela que nos chega através dos alimentos. São os alimentos que ingerimos que, depois de processados, vão gerar a energia necessária para que a pessoa realize movimentos ou movimente outros corpos.

Mas não basta apenas nutrir o corpo. Necessitamos também nutrir nossa mente e nosso espírito para que possamos realizar um trabalho eficaz, não apenas no que diz respeito ao físico.

Talvez você não se dê conta. Mas atletas de alta performance tem, além de uma preparação física, uma preparação mental, o que é de muita importância para se alcançar os resultados desejados e colocá-los sempre no pódio.

Lembro-me que, há muito tempo atrás, nos anos 70, foi lançado um livro chamado The inner game of tennis, de autoria de W. Thimothy Gallwey que tratava de como as atitudes mentais poderiam aumentar e melhorar sua performance no jogo. Para se ter uma ideia, este livro vendeu mais de um milhão de cópias apenas nos Estados Unidos. Ele também escreveu outros livros sobre The inner game of… e hoje, é considerado um dos palestrantes mais renomados do mundo.

Talvez você se lembre da frase mens sana in corpore sano (mente sã em corpo são), mas, ao agregarmos aquilo que diz respeito à nossa espiritualidade, lembro o ditado que diz: põe todo o teu Ser (corpo, mente, alma) naquilo que estás fazendo agora.

Alimentação funcional, atividade física e sono reparador são alguns exemplos para nutrirmos nosso corpo.

Para alimentarmos a mente, ficam as dicas de meditação e relaxamento. Além disso, termos uma mente aberta ao conhecimento (leitura, vídeos, etc.), flexibilidade e resiliência para enfrentar os obstáculos e dissabores e procurar sempre o lado positivo das coisas faz a mente se expandir através de mais e mais conexões nervosas no cérebro.

Já o espírito pode ser alimentado com o poder da fé, do entusiasmo, da oração e do respeito e amor ao próximo, independentemente de sexo, ração, classe social, cultura e religião.

Quando corpo, mente e espírito trabalham de forma conjunta e equilibrada o trabalho resultante será, no mínimo, de qualidade superior ou excelente.

Por isso, vigie sempre o seu sentir (espírito) e o seu pensar (mente) para que seu agir (corpo) seja sempre o melhor.

Finalizo lembrando dois ensinamentos. Um atribuído ao líder indiano Gandhi e o outro ao filósofo e líder espiritual Buda.

O primeiro afirmava: “mantenha seus pensamentos positivos, porque seus pensamentos tornam-se suas palavras; mantenha suas palavras positivas, porque suas palavras tornam-se suas atitudes; mantenha suas atitudes positivas, porque suas atitudes tornam-se seus hábitos; mantenha seus hábitos positivos, porque seus hábitos tornam-se seus valores; mantenha seus valores positivos, porque seus valores tornam-se seu destino.”

O segundo afirmava: “a lei da mente é implacável. O que você pensa, você cria; o que você sente, você atrai; o que você acredita, torna-se realidade.

Tendo isso em mente, não ficam dúvidas, pelo menos para mim, que é a energia do sentir (alma, espírito) que fará seu trabalho se transformar em poiesis.

Esta TRANSformação (ir além da forma) certamente terá lugar através do DESenvolvimento (remover aquilo que te envolve, que te prende) de outras qualidades e competências, as quais serão temas de outros textos.

Já deu para perceber porque existem profissionais de diferentes naipes?

Já deu para perceber onde está a diferença?

Fava Consulting – Para viver com muito mais Qualidade


Fonte: http://favaconsulting.com.br/produtividade-de-energia/

quarta-feira, outubro 16, 2013

A alma é o segredo da produtividade: Trabalho x Poiesis

Autor: Dr. Luiz Roberto Fava

Pode ser que algum leitor ou alguma leitora, ao ver o título acima, possa pensar:

- Chiiii!!! Lá vem mais um…

Mas, se eu perguntar a esta mesma pessoa se o seu trabalho a deixa animada e ela responder que sim, provavelmente ela não conhece a origem da palavra ALMA.

ALMA é uma palavra que tem origem no termo latina ANIMA, aquilo que é responsável pelo movimento, aquilo que dá vida, o princípio vital, o que anima o corpo, o fôlego da vida ou a patê imaterial de um Ser.

Também pode significar razão, bom senso, intenção, disposição, vontade, paixão, desejo, inclinação.

Considerando seus significados acima, ALMA é algo intangível, algo que não pode ser medido, pesado, quantificado. Entretanto ela poderá ter um papel extraordinariamente importante nos resultados da sua atividade ou profissão, ou seja, da sua produtividade. E isto, independentemente de qual seja tal atividade.

Se você trabalha com alma ou põe sua alma em tudo aquilo que você faz, provavelmente os significados citados acima fazem parte integrante do seu cotidiano laboral.

Infelizmente, o que se percebe, e os estudos demonstram, é que a maior parte das pessoas está infeliz no trabalho. Seja pela cultura organizacional, seja pelas pessoas com as quais ela é obrigada a conviver, seja pela carga de responsabilidades ela é obrigada a assumir, seja por ter escolhido a profissão errada, etc.

Para muitos, trabalhar significa ter uma vida sacrificada, maçante, um castigo, um fardo a ser levado nas costas, carma, etc.

A palavra trabalho vem do latim tripalium, um instrumento de tortura constituído de três paus (daí o nome latino) enterrados no solo e onde eram colocadas as pessoas que seriam submetidas a algum tipo de tortura.

A evolução do trabalho em sociedade também nos leva a aspectos negativos como a escravidão e a servidão, ou seja, um explorando o outro.

Talvez esta visão é que leva a maioria das pessoas a pensar que, ao se aposentar, ao parar de trabalhar, terá condições de realizar todos os seus sonhos que foram abandonados ou deixados de lado em função de um trabalho que só lhe gerou monotonia, rotina e, acima de tudo, infelicidade.

David Whyte nos ensina que “a relação do Ser Humano com o trabalho pode ser inocente, fatalista, gananciosa, sem entusiasmo, cínica, desinteressada, obsessiva e mesmo de luta pelo poder. Também pode ser abnegadamente madura, reveladora e fonte de vida; madura no sentido abrangente, e fonte de vida na forma de retribuir ao outro ou à sociedade o quanto recebeu.”

E se você, caro leitor ou leitora, pensar bem, chegará à conclusão, como eu, que não há como fugir do trabalho. Afinal de contas, é por causa dele que você se sustenta, paga suas contas, se diverte, se desenvolve, viaja e adquire maturidade e experiência.

Provavelmente as pessoas que se dizem infelizes no trabalho talvez não atentaram para uma série de fatores que as levem a ser felizes no trabalho e mudar sua perspectiva, inclusive, de vida.

A primeira dica para ser feliz no trabalho é se autoconhecer. Autoconhecimento é a base de tudo. Começando por se ter a consciência que precisamos administrar oito áreas que carregamos dentro de nós mesmos, desde nosso nascimento até nossa morte, e sobre as quais venho me referindo já há algum tempo. Apenas para lembrar e reforçar tais áreas são: física, emocional, intelectual, profissional, financeira, lazer, relacionamentos (inclui a família) e espiritual.

Nossa qualidade de vida integral baseia-se em equilibrar estas oito áreas (o que é feito através de nossas escolhas) de tal forma que elas se integrem e interajam entre si de forma positiva.

Sem uma boa dose de autoconhecimento, os acontecimentos diários acabam se misturando em nossa mente e acabam gerando pensamentos e atitudes explosivos, irados, raivosos, mesmo em pessoas que não tenham “pavio curto”.

Autoconhecer-se, em suas oito áreas, é um processo que exige muita atenção sobre si mesmo e, em casos, extremos, ajuda externa como um coach, um psocólogo ou um psiquiatra.

Com relação ao trabalho tido como fardo, castigo, carma, ou seja lá o que for, Cortella nos ensina que devemos substituir a palavra “trabalho” por ‘poiesis”.

Tal palavra tem origem grega e significa, segundo o autor, “minha obra, aquilo que faço, que construo, em que me vejo”.

Exemplos: seus filhos, os livros que você escreve, o jardim que você planta e cuida, uma casa que você constrói, enfim, aquilo que você faz e se vê como uma obra sua.

Isto é poiesis.

Você se reconhece naquilo que você faz. O produto final é o SEU produto.

Quando você simplesmente trabalha e você não se vê naquilo que você faz, talvez esteja aí uma das razões de sua infelicidade. Você pode estar trabalhando apenas para sobreviver e pagar suas contas.

E isto pode deixa-lo muito, muito desanimado, ou seja, sem alma.

Já percebeu onde eu quis chegar? Então responda a seguinte pergunta: qual a influência que o trabalho está exercendo sobre mim, como Ser Humano Integral?

Para você, sua atividade é trabalho ou é poiesis?

Fonte: http://favaconsulting.com.br/produtividade-trabalho-poiesis/