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terça-feira, dezembro 20, 2011

Oito dicas para um feedback honesto

Autor: Prof. Luís Sérgio Lico

Ser franco e honesto é uma tarefa difícil. Poucos entendem quando nós tentamos expor, de forma objetiva, algum problema ou opinião mais fundamentada. A maioria das pessoas reage de forma desigual aos mesmos estímulos e, não raro, furiosamente a pequenas contrariedades. O que nos leva, muitas vezes, a voltarmos atrás em nossos pensamentos e palavras, com medo de ofendermos alguém.

Embora esse cuidado pareça hipócrita, trata-se de uma preocupação legítima. Uma vez que estamos imersos até as tampas em uma cultura materialista, que preza apenas o bem-bom e ignora os espinhos do pequi. Explico: A maioria das pessoas quer vender apenas seu lado bom e têm subjacente a suas posturas, o medo sobre seu real valor como pessoa. Já quanto a nós – que cultivamos a franqueza – e estamos abertos sobre nossas opiniões, sempre temos a chance de tropeçar nas inseguranças profundamente enterradas na personalidade do outro a nossa frente e isso dá origem a graves acidentes. Esta situação me fez pensar sobre honestidade, transparência e seu lugar nos relacionamentos humanos.

Como também as pessoas detestam ler artigos extensos, preferindo o step by step das fórmulas salvadoras, resolvi mesclar minhas posições com as de Lindsay Fox e oferecer um caminho possível para a melhoria dos relacionamentos interpessoais, na família e no trabalho:

1) Questione seus Motivos. Ser honesto não é o mesmo que compartilhar cada pensamento que passa pela sua cabeça. Considere se segurá-los seria uma forma de mentir. Será que a outra pessoa ficará chateada com você por não dizer nada? Se a resposta for “não”, então examine os seus reais motivos para dizê-lo. Você está realmente tentando dar mais a felicidade dessa pessoa ou você está fazendo uma ruminação passiva-agressiva, mas chamando isso de “honestidade”? Se for assim: Fique quieto. Mas, se os seus motivos são genuinamente amáveis e solidários, é improvável que você vá machucar ninguém. Então: Fala!

2) Respeite Limites. É difícil ofender alguém quando você está compartilhando seus próprios sentimentos e experiências pessoais. Se você está falando sobre a outra pessoa, é conveniente perguntar-se “se isso é da minha conta”. Considere a extensão de seu relacionamento. Você pode estar ultrapassando fronteiras.
Para algumas pessoas de seu relacionamento existem acordos tácitos que devem ser respeitados, o que nós chamamos valores de caráter. Para outras pessoas, cujo relacionamento é mais distante ou impessoal, estes acordos podem não existir. Mas, de qualquer forma, não confie na discrição alheia, pois muitos humanos que cohecemos são simplesmente incapazes de segurar a língua e irão contar o que dissemos; de forma ingênua ou proposital. Se os limites forem respeitados, você sempre estará a salvo.

3) Tenha sempre Tato. Uma das leis da vida é essa: A entrega é tudo. Quem não souber ter um mínimo de tato ao se relacionar com as pessoas, sempre terá inimigos. No mínimo, perderá aliados. Francamente, eu tenho certa preguiça com isso, pois muitas vezes sou muito objetivo e, outras vezes, impaciente com a ignorância alheia. Mas, admito que uma política de honestidade e transparência em nosso relacionamento não nos dá a permissão para intimidar as pessoas com opiniões rudes ou deselegantes. É possível ser honesto, direto e gentil ao mesmo tempo. Assim, procure dizer o que deseja de forma educada e sempre conhecendo, antes, eventuais suscetibilidades mais óbvias de seu interlocutor.

4) Verifique a sua atitude. O tempo é importante, mas não é tudo. Se você resolver entregar seus pensamentos quando está cansado e irritadiço, irá certamente enviar a mensagem errada. Mesmo se você usar todas as palavras certas, a sua atitude e intenções irão transparecer na voz ou postura. Se você estiver sentindo-se assim, melhor manter seus pensamentos para si mesmo até que esteja em um estado de espírito mais compassivo e tranquilo. Dizem que um sorriso na voz, acalma. Só que se você sentir uma “risada” na voz alheia, irá ficar muito irritado com o cinismo. Por isso, verifique como se porta, antes de dizer com que se importa.

5) Espere o melhor. Se você está com medo de ferir alguém com as suas opiniões, certamente irá passar este medo adiante. Aí as pessoas irão se focar não na mensagem ou nas intenções. Mas somente no seu medo. Então irão assumir que eles têm boas razões para ter medo de você e de sua honestidade. Neste caso, é 100% provável que tomarão o que você disser, de forma negativa. Por isso, apenas relaxe. Use os itens 3 e 4 e apenas espere o melhor.

6) Não utilize qualificativos. Este tópico completa a declaração anterior sobre o medo. Quando você diz às pessoas, coisas como: “sem ofensa, mas …”. As pessoas interpretam imediatamente como significando: “Prepare-se para ser ofendido”. Quando você diz: “olhe por esse lado…” As pessoas entenderão: “nossa visão não é aceita”. A verdade não precisa de introduções. Basta dizer o que deseja, de forma clara e simples. Só isso.

7) Tenha compreensão e empatia. Mesmo se você entregar a verdade com o máximo tato, bondade e boas intenções, você ainda pode bater na ferida de alguém. E ficará tudo bem! Você vai manter e até fortalecer o relacionamento, se conseguir navegar por esses sentimentos com paciência e bondade. Ouça o grito ou o sarcasmo e deixe o outro processar a sua dor. Se precisar, confesse seus erros e peça desculpas, mas direcionadas. Você pode dizer algo como “É realmente importante para mim ser aberto e honesto com você, e eu espero que eu não ultrapassar meus limites. Sinto muito que você está sofrendo. Existe algo que eu possa fazer para ajudar? Logo, a pessoa entenderá que o problema é dela, e não seu!

8) Deixe Quieto. Algumas pessoas (às vezes penso que são a maioria…) simplesmente não têm maturidade emocional para esses tipos de interações genuínas e isso é uma situação sem saída. Deixe para lá. Tudo que você pode fazer nessas circunstâncias é ser honesto, focar no resultado (se a interação for profissional) e ir embora, concentrando o seu tempo e energia com outras pessoas mais evoluídas. É difícil ser aberto e genuíno, principalmente considerando-se que as pessoas são mais consumistas que humanas. Mas, fica sempre mais fácil com a prática. Contudo, se você conseguir isso, as recompensas valem a pena. Assim, comece com pessoas que você confia mais, e conforme você ganha a confiança em suas próprias boas intenções, inclua também os outros. Não mudará o mundo, mas melhorará sua vida!

Fonte: http://ogerente.com.br/rede/recursos-humanos/transparencia-feedback-honesto/

quarta-feira, dezembro 14, 2011

Pensando como um gênio

Autor: Gustavo Rocha

Divido com vocês um texto de Helena Gerenstadt chamado pensando como um gênio. São 8 dicas práticas e verdadeiras de como podemos inovar em nossos negócios. Traço meus comentários em azul.


Pensando como um Gênio – Helena Gerenstadt

“Mesmo que você não seja um gênio, você pode utilizar as mesmas estratégias de Aristóteles e Einstein para tomar as rédeas do poder de sua mente criativa e controlar melhor o seu futuro”.

As oito estratégias seguintes o encorajam a pensar produtivamente, em vez de (re)produtivamente, a fim de o fazer chegar às soluções para os problemas. “Estas estratégias são comuns aos estilos de pensamentos dos gênios criativos nas ciências, artes e na história do pensamento industrial”.

1. Encare o problema de várias formas diferentes e encontre novas perspectivas que ninguém mais tenha examinado ainda (ou que ninguém já tenha publicado!)

Leonardo da Vinci acreditava que, para adquirir conhecimento acerca da forma de um problema, começa-se por aprender a reestruturá-lo de muitas maneiras diferentes. Ele considerava que a primeira forma como ele olhava para um problema era muito parcial. Frequentemente, o problema reconstruído transforma-se em um novo.

Esta dica é essencial. Muitos problemas são minúsculos quando vistos por outras perspectivas. Como você vê o seu dia? Seu chefe? Suas verdades? Os problemas – sempre – são resolvíveis com duas respostas: Sim ou não. O restante é apenas sentimentos e conseqüências. Na razão, temos o sim e o não. Analise com toda sua razão para que o problema seja somente uma pedra no caminho e não um impeditivo do teu sucesso.

2. Visualize!

Quando Einstein meditava sobre um problema, sempre achava necessário formular seu enunciado de tantas maneiras diferentes quantas possíveis, incluindo o uso de diagramas. Ele visualizava soluções e acreditava que tais palavras e números representavam um papel significativo em seu processo de pensamento.

Coloque no papel, computador ou tablet. Veja sempre com visão holística, ou seja, de todos os ângulos. Não permita que a sua visão seja restrita a uma opinião, visão, verdade. Eu me orgulho (com humildade, hehehe) de dizer que tenho hoje uma opinião. Amanhã, não sei. Posso concluir de uma forma diferente, afinal, estou sempre pronto a aprender com os outros, sejam eles seres humanos, animais (meus cachorros me ensinam muito sobre amor, paciência, verdade) e com as plantas, como nesta história.

3. Produza! Um distintivo característico dos gênios é a produtividade.

Thomas Edison tinha 1.093 patentes. Ele garantiu a sua produtividade estabelecendo para si mesmo e a seus assistentes “cotas de ideias”. Em um estudo com 2.036 cientistas através da história, Dean Keith Simonton, da Universidade da Califórnia, em Davis, descobriu que os mais respeitados cientistas não produziram apenas trabalhos excelentes mas também trabalhos “ruins”. Eles não tinham medo de falhar, ou produzir resultados medíocres na busca pela excelência.

Produza. Crie tempo. Organize o seu caminho de forma a ser muito produtivo. O dia tem 24 horas e não irá aumentar, então, produza dentro do tempo que tens. Seja gestor do seu tempo, que por conseqüência, serás gestor da tua vida.

4. Faça combinações originais.

Combine e recombine ideias, representações e pensamentos de diferentes formas não importando o quanto pareçam incongruentes ou pouco comuns.

As leis da hereditariedade, em que se baseia a moderna ciência da genética, tem suas bases lançadas pelo monge austríaco Gregor Mendel que combinou matemática e biologia para criar uma nova ciência.

Aprenda a deixar o seu cérebro desordenado. No caos existe a ordem (orb ab caos). Mesmo que seja a ordem da criatividade.

5. Formule relacionamentos; estabeleça conexões entre assuntos dessemelhantes.

Da Vinci determinou uma relação entre o som de um sino e o barulho de uma pedra atingindo a água. Isto lhe permitiu estabelecer a ligação de que o som se propaga na água. Samuel Morse inventou a estação de transmissão para sinais telegráficos enquanto observava estações para cavalos.

Relacionamentos. Não apenas entre homem e mulher (ou de mesmo sexo). Relacionamentos para tornar a vida mais saborosa, gostosa… Relacionamentos, para podermos exaltar aquilo que sentimos e discordamos, concordamos ou até mesmo amamos ou odiamos. Relacionamentos entre coisas diferentes, como uma poesia e Metallica (eu adoro escrever neste ambiente…)Permita-se pensar nas pessoas como conexões positivas e com sentimentos bons e de futuro. Permita-se pensar em coisas diferentes juntas. Permita-se. O futuro está dentro de você e não fora. Permita-se.

6. Pense em opostos.

O físico Niels Bohr acreditava que, se você mantém opostos juntos, então, você eleva o seu pensamento e sua mente se desloca para um novo nível. Esta habilidade lhe permitiu imaginar a luz como um duo de onda e partícula o conduziu à concepção do Princípio da Complementaridade. Suspender o pensamento (lógico) pode permitir à sua mente conceber novas formas.

Opostos se atraem, não? A lei da física pode ser uma aliada na criatividade. Pense em como seria o oposto daquilo que você está pensando. Pode ser uma excelente forma para encontrar mais motivos para pensar em como você está pensando hoje, mas pode ser elementos de mudança de pensamento.

7. Pense de forma metafórica.

Aristóteles considerava a metáfora um dístico dos gênios e acreditava que o indivíduo que possuía a capacidade de perceber semelhança entre duas áreas separadas da vida e de concatená-las uma com a outra era uma pessoa de dons especiais.

Sonhe. Lembre dos seus sonhos. Veja seus planos e analise o que deu certo. Aprenda a ver a sua vida como uma sucessão de presentes em direção ao futuro.

8. Prepare-se para o acaso.

Não importa que nós tenhamos tentado fazer alguma coisa e falhamos, nós terminamos por realizar alguma outra coisa. Este é o primeiro princípio do acidente criativo. O fracasso pode ser produtivo desde que nós não o consideremos um desperdício total enquanto resultado. Ao invés disto: analise o processo, seus componentes e como você poderia modificá-lo para chegar a outros resultados. Não se pergunte: “Por que eu falhei?”, e sim, melhor que isto: “O que eu realizei?”

“A arte diz o indizível; exprime o inexprimível, traduz o intraduzível”… (Leonardo da Vinci)

Você já tentou entender uma obra de arte? E muita gente diz que compreende aquilo com tanta sabedoria… Um dia pode ser que consiga, mas hoje para mim, estas obras de arte são a resposta do artista: O que eu realizei?

Tirando minha total ignorância em arte, preparar-se ao acaso é fundamental. Pode ser numa mesa de bar, dirigindo, olhando para aquela bela moça que acabou de entrar no restaurante… Ali pode ter uma oportunidade, seja ela pessoal ou profissional.

Permita-se. Isto faz toda diferença.

Fonte: ogerente.com.br/rede/gestao-empresarial/estrategias-inovar-negocios

sexta-feira, dezembro 02, 2011

As pessoas crescem quando estão ao seu lado?

Autor: Professor Paulo Sergio

Os líderes, hoje, enfrentam uma série de problemas para fazer com que seus liderados entendam e atendam as necessidades da empresa. Procuram, de todas as formas, transmitir conhecimentos, mensagens motivacionais que impactem na vida dos liderados. Contudo, uma pergunta fundamental para saber quem terá sucesso na liderança é esta: AS PESSOAS CRESCEM SOB SUA LIDERANÇA?

É complicado seguir, admirar e respeitar uma liderança na qual não vejo perspectivas de crescimento. As pessoas buscam reconhecimento, gratidão, e também, crescimento profissional. Se não consigo ver no meu líder alguém que me leve mais longe, provavelmente não darei meu melhor no que estou fazendo; essa é uma regra extraordinária em liderança para qual todo líder deve atentar. Pergunte-se: GRAÇAS A MINHA AJUDA, QUANTAS PESSOAS CRESCERAM, VIGORSAMENTE NA EMPRESA? QUEM, POR MEIO DA MINHA LIDERANÇA, REALIZOU O SONHO DE COMPRAR A CASA PRÓPRIA, FRUTO DO TRABALHO E DAS PROMOÇÕES QUE RECEBEU NA EMPRESA?

Sim, as pessoas são responsáveis por seus resultados, na imensa maioria das vezes isso é verdade. Contudo, todos nós precisamos de gente mais experiente, competente, que nos mostre a direção, que nos dê o norte necessário para evoluirmos, sobretudo, profissionalmente. Quando vejo que meu líder é essa pessoa que me fará crescer, eu faço o meu melhor, produzo mais, vendo mais, me comprometo mais com os resultados.

Um líder não é apenas aquele que deve dar o exemplo, ser o espelho dos liderados, fazer primeiro o que espera deles. Essas regras valem, mas não são suficientes. Como líder, preciso reconhecer que devo ser capaz de mudar o destino das pessoas que passam pelas minhas mãos. É como o padre, o pastor, o pai ou amigo que tira o drogado desse mundo obscuro e muda o destino dessa pessoa.

Como líder, meu papel é mostrar que meus liderados crescem, ganham mais, preparam-se para a vida e assumem um papel importante na sociedade, principalmente, na sociedade empresarial que trabalham.

Então preciso de um cargo para ser líder? Jamais! Isso é totalmente inverdade. Se você faz as pessoas crescerem ao seu lado você já é um grande líder!

Tem muita gente com cargo massacrando, depreciando, diminuindo seres humanos. E há pessoas sem qualquer cargo tornando a vida de muitas outras um oásis de prazer, mudando o destino de quem tinha tudo para ser nada.

E você, as pessoas crescem ao seu lado? Elas melhoram quando você fala? E melhor, elas melhoram quando você age?

Fonte: ogerente.com.br/rede/recursos-humanos/lideranca-resultados-crescimento

Os males do perfeccionismo

Autor: Wellington Moreira

O perfeccionista precisa compreender que, diante de suas expectativas, o ótimo geralmente será inimigo do bom.

Na ânsia por entregar o melhor trabalho possível muita gente acaba não realizando aquilo que deveria, mesmo quando seu potencial é reconhecido publicamente. Entre eles estão os perfeccionistas, pessoas que têm boa intenção, mas calculam mal a medida de suas virtudes quando precisam partir para a execução.

Profissionais constantemente insatisfeitos com o seu trabalho, mesmo quando nada mais precisaria ser acrescentado, e que revisam suas apresentações mil vezes, elaboram planilhas dispensáveis e passam o final de semana editando um e-mail na busca pelas palavras exatas. Pessoas que, devido à baixa auto-estima, investem um tempo exagerado na organização de suas tarefas, consumindo muito mais energia do que necessitariam para chegarem ao mesmo lugar.

É claro que o planejamento tem uma importância capital no mundo do trabalho, o problema reside no fato de que os perfeccionistas se satisfazem com o ato de planejar, sendo pouco orientados para o cumprimento das atribuições que estão sob sua responsabilidade. Por conseguinte, são percebidos como improdutivos e têm de suportar a aura de chatos, já que dificilmente estão satisfeitos com o trabalho dos outros.

Ainda é preciso ter em mente que o perfeccionismo está ligado a atitudes que pouco colaboram com aquilo que se espera de um bom profissional hoje em dia. Se a organização, zelo e uso de metodologia – características indiscutivelmente positivas – estão presentes, também é verdade que esta mesma pessoa necessita de muito tempo para realizar suas atividades, fica presa a detalhes desnecessários e apresenta dificuldades para atuar frente a mudanças.

Contudo, muitos acreditam que se trata de uma virtude menor. Durante entrevistas de emprego, por exemplo, quando questionados a respeito de seus pontos fracos, inúmeros candidatos ainda afirmam serem perfeccionistas (quando não o são), simplesmente pelo fato de que esta resposta parece amenizar o desconforto de terem de revelar suas verdadeiras mazelas.

Não é fácil perceber-se perfeccionista, por isto avalie seus comportamentos. Pessoas que apresentam estes traços são escravas do sucesso e dificilmente conseguem lidar com a frustração da derrota ou críticas a respeito do seu trabalho, afinal de contas elas acreditam que seu esforço deveria ser reconhecido pelos demais.

E o que fazer? Em primeiro lugar, é necessário definir prioridades muito claras e os alvos específicos que se pretende alcançar. O gasto de energia em coisas desnecessárias tende a diminuir rapidamente para quem sabe aonde quer chegar e consegue declarar isto com firmeza.

Dirigir energias para o processo é uma recomendação que a maioria das pessoas não se negaria a escutar, todavia o perfeccionista orienta todo o seu esforço para o “como fazer”, relegando o resultado pretendido a segundo plano. Diante disto, vale buscar inicialmente a eficácia (fazer as coisas certas) e só depois volver o olhar para a eficiência (fazer certo as coisas).

Além disto, é fundamental aceitar o fato de que não será possível acertar sempre e mesmo que as coisas não estejam “perfeitas” elas podem satisfazer as necessidades do cliente final. E é claro, aplicar o bom senso nas situações que pedem um olhar mais atento, pois a mediocridade é tão danosa quanto o perfeccionismo.

Na vida organizacional oferecer seu 100% nem sempre significa entregar o melhor, principalmente porque em muitas ocasiões, como o dito popular ensina, o ótimo é inimigo do bom.

Fonte: ogerente.com.br/rede/carreira/males-do-perfeccionismo

Desenvolvimento humano é chave dos futuros modelos de gestão

Autor: Portal HSM

Os maiores especialistas em gestão do mundo defendem liderança com olhos atentos ao indivíduo

Uma sociedade diferente e com novos valores exige novas respostas quando o assunto é gestão. O Thinkers 50 selecionou este ano, pensadores do mundo todo que demonstram em seus trabalhos alguns fatores em comum: conceitos de gestão e liderança mais humanos e flexíveis; atenção especial aos desafios e quebra de paradigmas para adquirir inovação e cultura digital nas empresas.

O consultor americano Jim Collins, eleito o quarto pensador mais influente de 2011 pela pesquisa, é o criador do processo entitulado “Good to Great”, sob o qual propõe a construção de organizações com excelência e orientação para o desenvolvimento pessoal a partir de quatro passos:

1. Pessoal disciplinado: aqueles que querem construir grandes organizações devem assegurar que as pessoas certas façam parte da missão. Por isso, excluir as pessoas erradas e garantir que as pessoas certas estejam no lugar correto, na visão de Collins é garantir que a condução desse processo seja feita por “líderes nível 5”, ou seja, por aqueles que possuem ambição no contexto corporativo, humildade e ao mesmo tempo vontade de construir;

2. Pensamento disciplinado: aqueles ao encargo de grandes organizações devem demonstrar a fé de que as coisas ao final darão certo, mas ao mesmo tempo precisam estar preparados para confrontar a realidade, por mais brutal que essa possa parecer;

3. Ação disciplinada: sob a “cultura de disciplina” de Collins, pessoas não têm funções, mas sim responsabilidades. Para ele, não há milagres e sorte, mas sim pequenos “empurrões” que giram uma engrenagem até o momento onde essa possa romper barreiras;

4. Grandeza construída para durar: Collins comenta que a grandeza está em criar organizações que possam ser bem sucedidas durante muitas gerações de líderes. Desse ponto de vista, permanecer dependente de uma liderança única e carismática para crescer pode ser um problema. A regra é “modifique tudo exceto aqueles valores primordiais”, comenta o consultor.

Uma posição mais humana e próxima dos líderes não é uma filosofia defendida apenas por Collins. Marcus Buckingham, autor de best-sellers na área e especialista em treinamento executivo, foi eleito como o oitavo guru mais influente pelo Thinkers 50 deste ano, e defende uma gerência mais atenta aos colaboradores, que trabalhe impulsionada por quatro demandas:

• Seleção: o líder deve escolher as pessoas certas para cada um dos papéis que deseja preencher;
• Clareza: deixe claro o papel de cada colaborador e como os pontos fortes de cada um deles contribuem em sua concepção do que é o sucesso;
• Engajamento: o gestor deve perceber que fatores motivam e estimulam os pontos fortes de cada colaborador, assim como ocorrências que possam disparar suas fraquezas;
• Aceleração: conhecidas as virtudes e fraquezas de cada um dos membros da equipe, o gestor deve proporcionar aceleração, concedendo aquilo que motive e removendo obstáculos que levem à exposição de fraquezas.

Individualidade: a palavra-chave

Jim Collins e Marcus Buckingham concentram suas teorias na capacidade que o tem de motivar, entender, recompensar e punir.

Porém, outros pensadores como Gary Hamel, Tom Peters e o indiano Vineet Nayar, focam suas análises no potencial individual e nas relações humanas que surgem em resposta a uma crise, seja financeira ou de gestão.

Fonte: http://www.hsm.com.br/editorias/gestao/desenvolvimento-humano-e-chave-dos-futuros-modelos-de-gestao