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quarta-feira, março 30, 2011

Como criar a equipe dos sonhos?

Autor: Alexandre Rangel

Estabelecer objetivos, metas, planejar os objetivos, treinar e engajar as pessoas são alguns princípios básicos para o sucesso da equipe, segundo afirma Alexandre Rangel, da Alliance Coaching

Para alcançar resultados, o líder muitas vezes sabe quais são as pessoas que precisa contratar. Porém, a questão se torna complexa quando encontra pela frente o desafio de integrar a equipe para alcançar os objetivos desejados. Montar o time dos sonhos se tornou um dos principais desafios dos líderes nas corporações.

O primeiro passo que todo líder empresarial deve seguir para criar, desenvolver e engajar uma equipe depende dele: é a reflexão. O líder deve prestar atenção em suas atitudes e práticas. Isso se torna evidente quando algum liderado não concorda com o estilo de liderança da chefia e começa a questioná-lo.

As atitudes do líder são fundamentais para o sucesso da equipe. Para isso, o líder ou as lideranças precisam ter bem definidos princípios básicos, tais como:

Estabelecer objetivos ou metas – É importante ter bem claro para onde a empresa quer ir, para que o gestor possa levar seus subordinados, os chamados executores. Definir o norte a ser percorrido torna as decisões mais assertivas, evitando decisões medrosas, inseguras.
Esse é o papel de um líder. Hoje, na maioria das empresas, esse princípio básico não é respeitado. As pessoas desconhecem suas metas. Além disso, nessa etapa, é fundamental que esses objetivos ou metas estejam alinhados com o propósito maior da organização. Esse propósito deve caminhar ao lado da missão e dos valores da companhia.

Outra tarefa indispensável ao estabelecer objetivos ou metas, é que sejam específicas, mensuráveis, alcançáveis, relevantes e temporais (com datas determinadas), caso contrário, estarão sujeitas ao fracasso.

Planejar os objetivos – Cabe ao gestor ou líder também fazer com que a equipe entenda a razão do objetivo. O planejamento é o momento da produção intelectual. Nessa fase da gestão, o líder precisa planejar a estratégia para alcançar o objetivo proposto, organizar a equipe (quem faz o quê) e prover os recursos disponíveis (pessoas, equipamentos, infraestrutura etc). É o momento de enxergar um passo à frente, prever possíveis problemas e suas soluções.

Treinar/capacitar a equipe – Um bom gestor conhece as habilidades e competências técnicas e comportamentais de sua equipe. Nessa etapa, o líder precisa treinar a equipe ou se assegurar de sua capacitação para o desempenho das funções para as quais foi nomeado.
Muitas empresas que crescem rapidamente promovem executores a cargos de liderança sem capacitá-los antes.
Esse profissional precisa de um tempo para assimilar as novas atribuições. Muitos técnicos se frustram ao subir de posição, pois acabam desempenhando funções com as quais não se identificam. É necessário sempre estimular o feedback com as equipes. Uma coisa é ser executor, outra é ser líder de executores, e outra, o líder que lidera líderes.

Motivar/mobilizar/engajar a equipe – Aqui, o principal dos desafios. A motivação de qualquer equipe passa pelo desafio e pelo reconhecimento constantes. O líder precisa desafiar e, ao mesmo tempo, reconhecer o resultado alcançado.

Algumas empresas possuem políticas claras, principalmente funções ligadas à área de vendas, como bônus, comissões, prêmios etc. Mas essa não é a única forma. O tratamento pessoal, na maior parte das vezes, acaba tendo mais valor que qualquer outro benefício palpável.
O gestor precisa estar atento a essa prática. Muitas vezes, a experiência do profissional e sua formação ficam ofuscadas pela falta de engajamento, pela dificuldade de agir como participante de um time e a ausência de motivação.

Costumo orientar os gestores com a seguinte frase: “O verbo de um líder é ação – promova a inovação, envolva, treine. Certamente você será bem-sucedido em seu propósito.”

Fonte: http://www.hsm.com.br/editorias/rh/como-criar-equipe-dos-sonhos

sexta-feira, março 18, 2011

Menos estresse, mais qualidade de vida

Autor: Luiz Roberto Fava

O estresse é considerado pela Organização Mundial da Saúde como uma das epidemias do século XXI.

É definido como o conjunto de reações orgânicas e psíquicas de adaptação que o organismo emite quando é exposto a qualquer estímulo que o excite, irrite, amedronte ou o faça muito feliz.

Inicialmente não é doença. É uma preparação do organismo para lidar com diferentes situações. É uma resposta do organismo a um determinado estímulo e que varia de pessoa para pessoa naquele momento.

Pressões, tensões e cobranças estão no ambiente e no cotidiano de cada um (agentes estressores). Mas as respostas a tais agentes (estresse) estão dentro de cada um de nós.

Por isso gosto sempre de lembrar a frase de Kelly Young: o problema não é o problema. O problema é sua atitude com relação ao problema.

E como é sua atitude com relação aos problemas que a Vida lhe apresenta? São agentes estressores, que lhe tiram do sério?

O tema ESTRESSE é muito longo e envolve diferentes variáveis individuais.

Por isso quero deixar alguns relatos sobre como reagir a tais agentes.

O primeiro é um relato de um engenheiro brasileiro que foi trabalhar na indústria sueca Volvo. Os outros dois são textos que recebi por e-mail e que foram formatados por mim.

Espero que possa contribuir para que você melhore sua qualidade de vida.

Já vai para 18 anos que estou aqui na Volvo, uma empresa sueca.

Trabalhar com eles é uma convivência, no mínimo, interessante.

Qualquer projeto aqui demora 2 anos para se concretizar, mesmo que a idéia seja brilhante e simples. É regra. Então, nos processos globais, nós (brasileiros, americanos, australianos, asiáticos) ficamos aflitos por resultados imediatos, uma ansiedade generalizada.

Porém, nosso senso de urgência não surte qualquer efeito neste prazo.

Os suecos discutem, discutem, fazem “n” reuniões, ponderações. E trabalham num esquema bem mais “slow down”. O pior é constatar que, no final, acaba sempre dando certo no tempo deles com a maturidade da tecnologia e da necessidade: bem pouco se perde aqui.

E vejo assim:

1. O país é do tamanho de São Paulo

2. O país tem 2 milhões de habitantes;

3. Sua maior cidade, Estocolmo, tem 500.000 habitantes (compare com Curitiba, que tem 2 milhões);

4. Empresas de capital sueco: Volvo, Scania, Ericsson, Electrolux, ABB, Nokia, Nobel Biocare… Nada mal, não?

5. Para ter uma idéia, a Volvo fabrica os motores propulsores para os foguetes da NASA.

Digo para os demais nestes nossos grupos globais: os suecos podem estar errados, mas são eles que pagam nossos salários. Entretanto, vale salientar que não conheço um povo, como povo mesmo, que tenha mais cultura coletiva do que eles.

Vou contar para vocês uma breve só para dar noção.

A primeira vez que fui para lá, em 90, um dos colegas suecos me pegava no hotel toda manhã. Era setembro, frio, nevasca. Chegávamos cedo na Volvo e ele estacionava o carro bem longe da porta de entrada (são 2.000 funcionários de carro). No primeiro dia não disse nada, no segundo, no terceiro… Depois, com um pouco mais de intimidade, numa manhã, perguntei: “Você tem lugar demarcado para estacionar aqui? Notei que chegamos cedo, o estacionamento vazio e você deixa o carro lá no final.”

Ele me respondeu simples assim: “É que chegamos cedo, então temos tempo de caminhar – quem chegar mais tarde já vai estar atrasado, melhor que fique mais perto da porta. Você não acha?”.

Olha a minha cara! Ainda bem que tive esta na primeira. Deu para rever bastante os meus conceitos.

Há um grande movimento na Europa hoje, chamado Slow Food. A Slow Food International Association – cujo símbolo é um caracol, tem sua base na Itália (o site, é muito interessante. Veja-o!).

O que o movimento Slow Food prega é que as pessoas devem comer e beber devagar, saboreando os alimentos, “curtindo” seu preparo, no convívio com a família, com amigos, sem pressa e com qualidade.

A ideia é a de se contrapor ao espírito do Fast Food e o que ele representa como estilo de vida em que o americano endeusificou.

A surpresa, porém, é que esse movimento do Slow Food está servindo de base para um movimento mais amplo chamado Slow Europe como salientou a revista Business Week numa edição europeia.

A base de tudo está no questionamento da “pressa” e da “loucura” gerada pela globalização, pelo apelo à “quantidade do ter” em contraposição à qualidade de vida ou à “qualidade do ser”.

Segundo a Business Week, os trabalhadores franceses, embora trabalhem menos horas( 35 horas por semana ) são mais produtivos que seus colegas Americanos ou ingleses.

E os alemães, que em muitas empresas instituíram uma semana de 28,8 horas de trabalho, viram sua produtividade crescer nada menos que 20%.

Essa chamada “slow atitude” está chamando a atenção até dos americanos, apologistas do “Fast” (rápido) e do “Do it now” (faça já).

Portanto, essa “atitude sem-pressa” não significa fazer menos, nem ter menor produtividade. Significa, sim, fazer as coisas e trabalhar com mais “qualidade” e “produtividade” com maior perfeição, atenção aos detalhes e com menos “stress”.

Significa retomar os valores da família, dos amigos, do tempo livre, do lazer, das pequenas comunidades, do “local”, presente e concreto em contraposição ao “global” – indefinido e anônimo. Significa a retomada dos valores essenciais do ser humano, dos pequenos prazeres do cotidiano, da simplicidade de viver e conviver e até da religião e da fé. Significa um ambiente de trabalho menos coercitivo, mais alegre, mais “leve” e, portanto, mais produtivo onde seres humanos, felizes, fazem com prazer, o que sabem fazer de melhor.


Gostaria que você pensasse um pouco sobre isso… Será que os velhos ditados “Devagar se vai ao longe” ou ainda “A pressa é inimiga da perfeição” não merecem novamente nossa atenção nestes tempos de desenfreada loucura?


Será que nossas empresas não deveriam também pensar em programas sérios de “qualidade sem-pressa” até para aumentar a produtividade e qualidade de nossos produtos e serviços sem a necessária perda da “qualidade do ser”?

No filme “Perfume de Mulher”, há uma cena inesquecível, em que um personagem cego, vivido por Al Pacino, tira uma moça para dançar e ela responde: – “Não posso, porque meu noivo vai chegar em poucos minutos.”

- “Mas em um momento se vive uma vida” – responde ele, conduzindo-a num passo de tango. E esta pequena cena é o momento mais bonito do filme.

Algumas pessoas vivem correndo atrás do tempo, mas parece que só alcançam quando morrem enfartados, ou algo assim.

Para outros, o tempo demora a passar; ficam ansiosos com o futuro e se esquecem de viver o presente, que é o único tempo que existe.

Tempo todo mundo tem, por igual! Ninguém tem mais nem menos que 24 horas por dia. A diferença é o que cada um faz do seu tempo. Precisamos saber aproveitar cada momento, porque, como disse John Lennon: – “A vida é aquilo que acontece enquanto fazemos planos para o futuro”…

Parabéns por ter lido até o final! Muitos não lerão esta mensagem até o final, porque não podem “perder” o seu tempo neste mundo globalizado.

Pense e reflita, até que ponto vale a pena deixar de curtir sua família.


De ficar com a pessoa amada, ir pescar no fim de semana ou outras coisas…


Poderá ser tarde demais!


Saber aprender para sobreviver…


Fonte: http://ogerente.com.br/rede/favaconsulting/qualidade-de-vida/