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terça-feira, novembro 17, 2009

Resiliência – A Arte de Recomeçar

Autor: Dr. Jô Furlan

Realmente me impressiona como a sabedoria popular é capaz de falar sobre questões que podem ser chamadas de atemporais. Uma em especial tem chamado minha atenção. Após a sua eleição à presidência dos EUA, Barak Obama em seu discurso de posse falou ao mundo sobre a grande capacidade de resiliência do povo americano. Nesse momento esse termo se tornou popular. Mas o que é essa tal de resiliência que agora todo mundo começou a falar? Recordo-me da primeira vez que ouvi esse conceito, em 2002, apresentado por Mauricio Sita na época editor da Revista VENCER, atualmente a frente da Revista Ser Mais. Na época parecia uma palavra diferente para explicar um conceito incomum. Pensei ser mais um modismo da área de gestão, como tantos outros que havíamos conhecido. Você se recorda da reengenharia e por ai vai... Mas na verdade o que ocorreu foi a criação de um termo para traduzir um padrão de comportamento extremamente importante. Uma música com mais de 50 anos, chamada “Volta por Cima” de Paulo Vanzolini, já trazia a resiliência como tema, e ainda hoje é cantada com empolgação pelo público. Constato isso em algumas de minhas palestras. Você também deve se lembrar:

“Levanta sacode a poeira e da a volta por cima.”

O que essa sabedoria popular está falando nada mais é que a essência dessa tão famosa resiliência. Trata-se da nossa capacidade de continuar, a despeito das situações adversas, problemas ou desafios envolvidos. Se existe um povo que é resiliente é o povo brasileiro. É impressionante a capacidade que temos de superar, levantar e continuar. Às vezes, como especialista em comportamento, fico em dúvida sobre a perigosa associação da resiliência com a passividade e acomodação vista em especial nos últimos anos.Espero, mais que isso, desejo que com o passar do tempo possamos nos tornar ainda mais resilientes, porém também mais assertivos e comprometidos com aquilo que desejamos.

O insucesso é uma parte relativamente comum do caminho de qualquer profissional. Costumo brincar dizendo: quem disser que nunca teve um insucesso, de duas uma: nunca vez nada na vida ou está mentindo.

Só existe fracasso quando desistimos ou não aprendemos nada. Havendo no mínimo um pequeno aprendizado, então não ouve fracasso, mas sim um insucesso. Você pode dizer que é apenas uma questão semântica ou linguística. Mais que isso é uma questão de neurociência cognitiva. As áreas cerebrais ativadas por cada palavra são completamente diferentes, limitadoras ou estimuladoras dependendo assim do padrão da sua linguagem.
Faça da resiliência uma característica pessoal e desfrute de todos os benefícios dessa virtude em sua vida. Ela pode ser aprendida e desenvolvida. Só depende de você!

Fonte: www.ogerente.com.br

quarta-feira, novembro 04, 2009

Líderes Ajustam a Visão dos Liderados à Missão da Organização

Autor: Professor Paulo Sérgio

A missão de uma empresa tende a expressar a missão do ser humano. Assim como os valores de uma entidade são semelhantes aos valores dos que a constituíram.

Líderes comuns, que buscam a excelência, conseguem que seus liderados enraízem a missão da empresa à sua cultura, fazendo-os expressar isso por meio dos seus comportamentos, pois estes veem semelhança entre ambas e a possibilidade de melhoria mútua.

Uma empresa que não tem uma missão, não possui visão, e não externa que valores pretende praticar é como um barco sem leme, sem velas, que vai ao sabor dos ventos, ou como um alpinista sem os equipamentos de segurança necessários à assunção do objetivo. É comparado a um viajante que embarcou no primeiro ônibus que viu, sem saber para onde este está indo. Pode ser considerado como um náufrago perdido numa ilha, sem bússola, sem comida, barco ou equipamentos para comunicação.

Líderes comuns sabem da importância para a empresa em possuir uma missão. Porém, reconhecem que o mais importante que isso é tornar o abstrato da missão em atitudes concretas.

Sem a criação desse norte, desse plano e, basicamente, um manual de comportamento à empresa, é praticamente impossível orientar os indivíduos em treinamentos, cursos e outros eventos. Treiná-los para que? Para terem que comportamento? Motivá-los para qual objetivo?

Não me espanta quando muitos empresários que me contratam dizem que treinamentos feitos na própria empresa ou aos quais enviaram seus colaboradores não surtira efeito. Sem rumo, um propósito, objetivo, uma meta, é como treinar o filhote de um pássaro a voar, sem que ele ainda tenha asas para poder manter-se firme e direcionado no voo.

Estabelecer uma missão é algo fácil. Os textos, normalmente, são maravilhosos, as placas são afixadas num local visível para que todos vejam. No entanto, ao estabelecer uma missão, a empresa precisa perceber que terá de cumpri-la e que esta será a primeira impressão que os clientes terão dela, assim como os funcionários. Bons líderes entendem que criar uma missão não é difícil, a dificuldade está em vivê-la. Por isso, para que o nosso líder guerreiro engaje todos os colaboradores no cumprimento da missão, ele sabe que deverá ser o melhor exemplo que eles terão.

O nosso querido líder compreende que o foco de uma empresa é obter lucro, mas, reconhece que, para que os clientes e colaboradores estejam dispostos a gerar esse lucro à empresa, ela terá que encantar e ser recíproca aos clientes, para que estes, tendo suas expectativas atendidas ou superadas, possam retribuir as empresas com bons lucros, pelo maior tempo possível, pois fidelidade eterna de cliente não existe. O líder mostra que os clientes terão suas necessidades supridas e suplantadas, sobretudo, pela máxima atenção dos colaboradores. Líderes comuns, que buscam resultados extraordinários têm claramente isso em mente.


Há chefes, gerentes, supervisores, empresários que gastam fortunas em propaganda, brindes a clientes, ofertas estrondosas, descontos arrebatadores, acreditando que aí estão os diferenciais. Outros criam ambientes sofisticadíssimos para receber os clientes na empresa. Tudo isso é importantíssimo. Na maioria das vezes, necessário. Mas, nada disso é diferencial, pois tudo isso pode ser copiado pela concorrência. Os líderes comuns reconhecem que o único diferencial que há numa empresa é o fator humano. Não é possível copiar um sincero sorriso ao abordar os clientes.

Também não se copia o entusiasmo, a força de vontade, a atitude, o comprometimento de um colaborador em encantar pelo atendimento ao consumidor.

O estabelecimento da missão de uma empresa é fator fundamental para o correto treinamento, desenvolvimento e potencialização de talentos numa empresa. O bom líder sabe disso e dá exemplos, criando uma missão que seja capaz de influenciar seus liderados no sentido de darem o melhor de si em prol da empresa e dos clientes, pois reconhecem que, dessa forma, seus resultados também serão formidáveis.

Milhares de negócios são fechados todos os anos. Muitos fatores contribuem para isso. Particularmente, penso que o maior deles é o motivo das empresas buscarem diferenciais fora do ambiente de trabalho, sendo que o único diferencial que existe passa, pelo menos, oito horas diárias enclausuradas dentro delas, sendo sufocados pelo descaso de chefes insanos que não dão bons exemplos e que não estabelecerem uma missão clara, que envolva as pessoas a ponto de elas darem seu potencial máximo em prol da organização.

Não se encanta nem fideliza clientes, tampouco se obtém os melhores resultados, gastando riquezas meramente em máquinas, equipamentos, materiais publicitários e outros meios. Consegue-se tudo isso investindo, sobretudo, em “GENTE”. Isso deve fazer parte da missão da empresa.

Fonte: www.ogerente.com.br